Finalmente eu vi uma saída! As ferramentas da qualidade podem ser uma maneira interessante para melhorar a nossa vida pessoal.
Acabo de me certificar como Six Sigma Black Belt e tenho atuado como engenheiro de qualidade há quatro anos. Antes disso, supervisionei Círculos de Controle da Qualidade (CCQs), fui líder de equipes e operador.
Sempre estive envolvido com os conceitos de qualidade, mas nunca havia aplicado suas ferramentas na minha vida pessoal. Levou muito tempo, mas finalmente tive uma tremenda experiência que mudou para sempre a minha perspectiva sobre qualidade. Eu perdi 16 quilos!
Isso não aconteceu até que eu me tornei Black Belt e comecei a “quebrar a cabeça”. Foi então que cheguei a seguinte conclusão: Se a qualidade é tão importante e proporciona tantos ganhos no ambiente profissional, ela deveria se tornar uma obrigação pessoal!
Como um Black Belt, é crucial se comunicar bem com as pessoas, caso contrário, você pode perder todo o seu time para o tédio. O sucesso de uma equipe se baseia em adaptar a teoria do Six Sigma e em discutir melhorias e ferramentas do ponto de vista de cada pessoa. É crucial usar exemplos que todos possam assimilar. Ilustrar ferramentas de qualidade à medida que impactam positivamente a vida pessoal é uma maneira de demonstrar o sucesso que todos queremos. Esta é a minha história e o motivo pelo qual eu comecei a viver e respirar qualidade.
Festividades do Final do Ano
Após as festividades do Natal de 2002, foi bom voltar ao trabalho. Eu estava cansado de comer sem parar. Minha história não é diferente da de outras pessoas, muitos de nós comemos demais durante a temporada de natal e ano novo.
No mundo do Six Sigma Y = f (X) ou seja Y é função de X. A fórmula se traduz assim: meu peso (Y) é uma função de muita comida (X).
De volta ao trabalho, notei que todos tinham ganhado um peso extra, mas isso não é algo que você sai comentando. Havia um grande problema na sala e ninguém queria falar sobre isso. Nós trocamos passatempos, jogamos conversa fora e com o passar do primeiro dia, a conversa foi desenrolando. Foi quando reconhecemos o problema – todos nós ganhamos peso!
O almoço estava rolando e nossos olhos se fixaram simultaneamente na nossa cintura e barriga. Uma sugestão provocou a todos: “Vamos fazer uma competição de perda de peso”. Antes de percebermos, uma métrica primária foi estabelecida. As regras surgiram em seguida e uma meta de perda de peso semanal foi estabelecida para os cinco meses seguintes.
As regras eram simples. Se você pesar mais do que na semana anterior, você precisa pagar um dólar por kg ganho. O objetivo era ser a pessoa com a maior perda percentual de peso, tendo como referência o peso original.
Uma vez que esta era uma competição de garantia a qualidade (GQ), nos sentimos obrigados definir um indicador de desempenho, acompanha-lo e estabelecer um impacto financeiro. Claro, usamos uma escala certificada com boa repetibilidade e reprodutibilidade (risos).
Dinheiro fácil?
O primeiro lugar receberia o dinheiro arrecadado na competição e seria coroado como Campeão de Perda de Peso de 2003. O espírito competitivo e o impacto financeiro atraíram os participantes para a competição. Afinal, soava como dinheiro fácil.
Após quatro semanas, a ideia por trás da competição tornou-se obscura. A perda de peso traduziu-se como reduzir a entrada de comida e processar as calorias existentes de forma diferente – tivemos que comer menos e fazer mais exercícios.
Não estava sendo fácil e alguns desistiram no meio do caminho. A competição estreitou-se para duas pessoas. Um era um engenheiro de qualidade que sobrevivia com menos de 1.000 calorias por dia, além de se exercitar para a prova de atletismo do sul de Illinois, uma corrida de ponta a ponta do rio. O outro era um engenheiro Six Sigma que estava rastreando Y = f (X) fanaticamente – esse cara era eu.
Depois de uma acirrada final de duas semanas, eu fui coroado campeão. Perdi 14,6% de massa corporal – 16 kg.
A perda de peso bem-sucedida foi o resultado do acompanhamento diário da quantidade de comida ingerida (medida de direção) e da revisão do meu peso (medida de resultado). Utilizei um gráfico de tendência para observar o meu desempenho.
Um exemplo de trabalho
No geral, a competição de Perda de Peso de 2003 foi divertida, educacional e trouxe um espírito de camaradagem para o departamento. A competição foi um sucesso devido ao bom espírito esportivo, acompanhamento efetivo de dados e ao impacto financeiro para os participantes. Foi um exemplo de trabalho de Y = (f) X.
Em cinco meses, o departamento de qualidade perdeu um total de 50 kg. Ficar magro não só resultou em uma melhoria saudável que poderia diminuir custos de saúde, mas também se tornou uma diversão relacionada à qualidade. Ao aplicar ferramentas de qualidade em nossas vidas pessoais, percebemos o quão importante é a padronização e como as ferramentas e técnicas de qualidade podem aumentar a autodisciplina pessoal, melhorando assim a saúde.
A competição foi de grande valia e ocorreu em paralelo aos muitos projetos de melhoria conduzidos na minha empresa. Nos ajudou no processo de aculturamento do time rumo à qualidade total.
Traduzido e adaptado de: Quality Progress Volume 36, by Matthew V. Jochums, Nascote Industries, Nashville, IL.
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