Dificuldades Logísticas nas Operações de Centros de Distribuição

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A logística, ramo responsável pelo fluxo, armazenagem de bens, serviços e informação entre um ponto de origem (fornecedor, vendedor) e um ponto de consumo (cliente), vem crescendo de importância nos últimos tempos.

Um exemplo dessa expansão é o ramo responsável pela logística de e-commerce dentro de grandes centros de distribuição, que teve um crescimento de aproximadamente 47% nas vendas online em 2020 segundo a pesquisa da Ebit/Nielsen, impulsionado pelo advento da pandemia do coronavírus.

O principal objetivo em uma operação logística é atingir a satisfação do cliente, entregando os produtos corretos, na quantidade e qualidade corretas, no local e tempo corretos. E esta tarefa não é fácil, pois demanda muito esforço e investimento em mão de obra, infraestrutura e tecnologia. Com isso, o grande desafio é de operar de maneira economicamente viável, a fim de se obter a viabilidade financeira necessária para o bem da operação.

Diante deste contexto, vamos explorar algumas das dificuldades operacionais que podem acarretar perdas de eficiência no processo logístico. Confira!

Variação de demanda

Como em toda operação, a variação da demanda, seja no curto, médio ou longo prazos, leva a problemas de desbalanceamento de operadores, atrasos em entregas, e formação de estoques.

O desbalanceamento de operadores ocorre tanto no período de alta quanto no de baixa demanda. Nos momentos em que possuímos uma entrada de volume maior que a capacidade operacional, temos a formação de estoques entre processos, e possíveis atrasos nas entregas. Nos períodos de baixa, por sua vez, temos ociosidade de mão-de-obra, que leva a uma operação mais custosa que o necessário e, também, menos eficiente.

Para entender como a demanda do seu negócio varia, é importante analisar os dados históricos da operação, que podem ser comparados com períodos anteriores. É assim que é possível verificar a presença de padrões com tendências, cíclicos e/ou sazonais, por exemplo.

Os dados históricos relativos as últimas semanas da operação também podem revelar uma tendência de alta ou baixa na demanda, que podem indicar necessidade de reajuste da operação. Contudo, pequenas flutuações na demanda prevista versus realizada sempre ocorrem, e são inerentes a qualquer processo.

Cabe à liderança avaliar se vale a pena manter um estoque de segurança de determinado produto, por exemplo, para se ter uma proteção contra as variações imprevistas e não comprometer o nível de serviços prestado aos clientes, desde que não impacte significativamente nos custos da operação.

Erros Humanos

Em uma operação de logística, sempre dependemos da interação entre pessoas, processos e tecnologia. Erros são inerentes à natureza humana e isso pode comprometer o resultado da operação e a imagem da empresa no mercado.

Para evitar erros humanos, há uma série de ações importantes. Desde a concepção de um processo robusto até capacitação teórica e prática de todos os envolvidos. Uma excelente arma para evitar erros são os chamados sistemas Poka Yoke (Prova de Erros), que são empregados com o objetivo de detectar e corrigir erros, antes que eles se tornem defeitos.

Disponibilidade de máquinas e sistemas

A operação logística é altamente dependente de equipamentos de movimentação e de sistemas de informação, por exemplo.

A ausência de manutenção preventiva desses equipamentos, certamente vai impactar em quebras ou falhas justamente quando as operações estiverem mais demandadas, comprometendo os resultados da operação.

Controle de Indicadores Operacionais

Muitas vezes em um centro de distribuição não é trivial entender qual a melhor forma de se medir a produtividade de cada colaborador individualmente para se chegar a uma métrica local e global da operação.

Para tal, busca-se sempre que possível medir a velocidade de processamento do item mais básico da operação. Por exemplo, em um centro de distribuição, os produtos destinados ao cliente final são latas de refrigerante embalados em uma caixa após o picking. Esta caixa, posteriormente, se junta a outras caixas de outros pedidos, em um único palete, que posteriormente será carregado em um veículo de transporte.

Agora, vamos supor que o operador A, responsável pelo picking, pegou 60 latas em uma hora; o operador B, responsável por embalar as latas nas caixas, consiga produzir 10 caixas por hora, e o operador C, responsável pela montagem de paletes, consiga montar 2 paletes por hora. Quantos operadores precisariam em cada uma das 3 etapas para balancear esta operação e obter um fluxo contínuo e remover gargalos na operação?

Para responder a esta questão, é preciso identificar o item mais básico nesta operação, ou seja, aquele que sua unidade não pode ser dividida em partes menores. O palete, por exemplo, pode ser dividido em caixas; as caixas, podem ser divididas em latas de refrigerante, que por sua vez não podem ser divididas em nada nesta operação. Logo, a lata de refrigerante é o item mais básico da operação.

Feito isso, é necessário verificar a quantidade de caixas que são colocadas em um palete, e a quantidade de latas que são embaladas nas caixas, para que assim, possa compreender quantas latas existem em cada caixa e cada palete, e se comparar as produtividades dos operadores A, B e C em latas por hora.

Outro ponto importante na medida de embalagens por hora processada por operador no exemplo anterior, é ter um controle de tempo que reflita de fato quanto tempo aquele colaborador estava na operação que lhe foi escolhida.

Imagine por exemplo, que o operador A do exemplo anterior, que fez o picking de 60 latas em uma hora, trabalhou no picking por meia hora e que nos outros 30 minutos, ele ficou ocioso por falta de demanda e foi auxiliar em outro processo da operação. A produtividade do operador A no que diz respeito ao picking, na verdade, é de 120 latas por hora, porém, ele teve uma ociosidade de 50%, que levou sua métrica a 60 latas por hora. Possuir esta métrica de produtividade separada de ociosidade para um cálculo de dimensionamento de processo e manutenção dele é essencial para evitar erros e gastos desnecessários.

Enfim, fica claro que existem vários desafios nas operações logísticas que podem influenciar na eficiência dos processos. Aqui nós abordamos 4 exemplos para você. Então, se você quer saber como a Nortegubisian pode ajudar a sua empresa a superar esses e outros desafios, entre em contanto conosco! Nos acompanhe também no FacebookInstagram Linkedin para ficar sempre atualizado dos nossos conteúdos.

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