Uma grande dúvida das empresas hoje em dia é como se estabelecer e crescer em um mercado cada vez mais competitivo, principalmente com uma quantidade crescente de empresas em todos os setores. Dúvidas, nesse contexto, representam incertezas e estas, geram riscos para toda e qualquer organização.
Essas incertezas podem ser tratadas através de ferramentas de gerenciamento de riscos, como o FMEA (Failure Mode and Effect Analysis, em português: Análise dos Modos de Falhas e Efeitos). Mas, antes de nos aprofundarmos nesta metodologia, precisamos mostrar um pouco mais sobre a importância de gerenciar os riscos. Confira abaixo!
Então, o que são os riscos? E como conseguimos gerenciá-los?
O risco é o efeito da incerteza sobre o resultado de um processo, que pode ser positivo ou negativo. E, quando não são analisados, podem trazer grandes problemas em um processo e trazer muitos prejuízos para uma organização.
Quando falamos sobre gestão de riscos, nada mais é do que o planejamento de ações estratégicas que possui o papel de identificar, gerir, controlar e conduzir os riscos de cada processo específico da organização, com finalidade de minimizar ou eliminar os efeitos negativos que possam ocorrer.
Mas, para isso, é necessária uma visão proativa, com outros membros da cadeia, para que exista um amplo conhecimento acerca do projeto ou processo em análise.
Os benefícios com a análise e gerenciamento de riscos
Também precisamos ter em mente que os riscos sempre irão existir, e por isso a necessidade de análise, gerenciamento e monitoramento, que ajudam a lidar com cada situação que o risco é identificado.
Além disso, grandes benefícios podem ser adquiridos quando colocamos em prática:
- Conseguimos ter processos mais seguros, pois analisamos e gerenciamos os riscos com o objetivo de reduzi-los e/ou eliminá-los.
- Os processos passam a ser mais estabilizados, pois o ambiente é mais confiável para se trabalhar.
- Temos redução de custos porque conseguimos prever falhas e erros nos processos que muitas vezes geram prejuízo para resolver.
- Atendemos às exigências dos clientes pois evitamos problemas recorrentes e que consequentemente afetam a entrega do consumidor.
- Otimizamos nos investimentos, pois conseguimos ter uma visão mais ampla, encontrar as causas raízes dos problemas e direcionar o investimento para aquilo que realmente é necessário.
Portanto, fica claro que se a sua empresa ainda não faz uma análise e gerenciamento de riscos corretamente, ela precisa começar a fazer.
Mas, como fazer isso da forma certa?
A Análise e Gerenciamento de Riscos tende a seguir um processo que consiste em seis estágios: identificação, análise, avaliação, priorização, monitoração e resultados do desempenho.
E para colocarmos em prática os estágios citados, existem alguns métodos e ferramentas que podem ser utilizados.
No caso, o FMEA, que falamos anteriormente neste artigo, é uma ferramenta muito utilizada para definir, identificar e eliminar falhas conhecidas ou potenciais de sistemas, projetos, processos e/ou serviços, antes que estas atinjam o cliente.
O FMEA possui cinco etapas básicas para sua aplicação. São elas:
- Planejamento da execução do FMEA.
- Levantamento dos modos de falhas, suas causas e os efeitos.
- Classificação dos critérios de:
Ocorrência (O) – aproximação da frequência ou probabilidade do acontecimento do modo de falha.
Severidade (S) ou Gravidade (G) – hierarquização que aponta a gravidade de uma falha potencial, que considera de consequências sem danos até danos trágicos ou irreparáveis.
Detecção (D) – quantifica a dificuldade de um possível cenário de falha ser identificado antes que a mesma ocorra, partindo da certeza de detecção até a impossibilidade de detecção.
Cada um desses três pontos acima recebe uma nota (de 1 a 5), e, quanto maior ela for, mais crítica é a falha. Em seguida, multiplicam-se as notas de cada um dos tópicos (S x O x D) para se obter a pontuação do NPR (Número de Prioridade de Risco), que indica o grau de risco e prioriza as contramedidas a serem adotadas.
Trouxemos também um modelo que mostra a correlação entre os elementos de análise do FMEA:
- Avaliação e interpretação das informações do formulário de FMEA, que ilustramos no exemplo abaixo e que utilizamos a pontuação mostrada no tópico anterior:
- E para finalizar, uma proposta de ações de melhorias e monitoramento das medidas implantadas.
Com o contexto levantado acima, entendemos que a análise e gerenciamento de riscos é de extrema importância nos dias de hoje em qualquer organização, tanto em projetos quanto em processos para aumentar sua competitividade no mercado e garantir a satisfação dos clientes.
O FMEA é uma ferramenta versátil e moldável de aplicação contínua, que pode ser adaptada a diferentes áreas e pode passar por constantes alterações e otimizações durante seu uso.
Então, se você quer saber um pouco mais sobre este tema, confira nosso outro artigo sobre o tema e entre em contato com a gente para entender como uma consultoria especializada consegue auxiliar na análise e gerenciamento de riscos da sua organização!