Considerando suas experiências recentes, você já deixou de ir a um restaurante por conta de uma recomendação negativa de um conhecido? Desistiu de comprar determinada marca de carro depois de enfrentar problemas com um de seus modelos? Abandonou um carrinho em um e-commerce por conta da lentidão ou má experiência de navegação? Ou pesquisou sites de avaliação antes de reservar um hotel para uma viagem?
Provavelmente você respondeu afirmativamente a algumas das questões acima, um reflexo do momento atual no qual todos estamos inseridos: a era da experiência. Diferentemente do antigo conceito “o cliente tem sempre razão”, estamos diante de uma fase em que as relações mudaram completamente, na qual as pessoas têm acesso a informação em tempo real, na palma de suas mãos, tornando-se consumidores muito mais críticos, complexos e exigentes. Diante deste cenário, é cada vez mais essencial que empresas coloquem o cliente genuinamente no centro de suas ações, buscando estabelecer empatia e conexão, e entender como seus produtos e serviços se tornam relevantes e agregam real valor à jornada do consumidor.
Este modus operandi atual exige que as empresas estabeleçam novas formas de pensar, de lidar com problemas e de enxergar as situações. Por mais que tenha surgido entre as décadas de 1950 e 1960, a filosofia Lean nunca esteve tão atual, justamente porque estabelece entre seus fundamentos centrais identificar e especificar o que agrega valor a partir da ótica do cliente, eliminando qualquer atividade que não atue neste sentido.
Contexto atual
Se, por um lado, a globalização fomenta a concorrência como nunca antes, pressionando as operações por preço, prazo e qualidade, por outro, a personalização em massa é uma tendência em ascensão. Empresas precisam encontrar maneiras de responder às demandas de consumidores que desejam versões diferentes do mesmo produto, ao mesmo tempo em que precisam se tornar cada vez mais produtivas e eficientes.
As inovações estão acontecendo em ritmo exponencial, alterando profundamente as dinâmicas de consumo e mercado. Independente do setor de atuação, mais cedo ou mais tarde todas as empresas, em maior ou menor escala, serão impactadas pelas mudanças provocadas pela era da transformação digital. Uma conjuntura ideal para que parem, o quanto antes, para analisar suas atuações, rever seus fluxos produtivos e identificar atividades que impactem negativamente seu desempenho. Afinal, uma coisa é certa: falhas e problemas sempre vão existir e é fundamental reconhecer que eles existem, resolvê-los e aprender com este processo.
A filosofia Lean vem justamente ao encontro desta demanda, lançando mão de técnicas e ferramentas de gestão que valorizam o ser humano e viabilizam que adversidades sejam transformadas em oportunidades de melhoria contínua, desenvolvimento e competitividade. Sua proposta é holística, atuando desde a concepção dos objetivos de negócio e o planejamento estratégico, passando pelo processo produtivo, pelo relacionamento entre as equipes e pela gestão de pessoas, até a entrega da solução acabada ao cliente e o pós-venda.
Prejuízos em não contar com o Lean
Agir sob os princípios da filosofia Lean traz às empresas fundamentos preciosos para operacionalizar uma gestão otimizada e que visa à entrega da mais alta qualidade no menor prazo e o menor custo, por meio da eliminação de desperdícios. Já empresas que optam por não contar com uma filosofia estruturada, costumam contabilizar impactos negativos, como:
- Alto estoque: seja de matéria-prima, intermediários ou de produtos acabados, inventário parado ou em excesso é sinônimo de custo. Quando não possui um processo estruturado de gestão, é praticamente impossível gerenciar uma dinâmica de estoque mínimo apenas puxada pelo consumo do cliente, uma realidade totalmente possível com o Lean;
- Fluxos produtivos não contínuos: quando um processo operacional conta com paradas de produção ou tempos de espera entre as diferentes etapas, é sinal claro de desalinhamento, baixa eficiência e custos adicionais que poderiam ser evitados e revertidos em resultados;
- Baixa visibilidade do negócio: uma operação que não dispõe de ferramentas de controle, gestão visual e análise de ponta a ponta tem mais dificuldade de entender os gaps existentes no processo e, consequentemente, agir para solucioná-los e gerar melhorias;
- Lentidão na criação de novos produtos: a empresa reconhece que existe uma nova demanda, mas não possui a agilidade e flexibilidade necessárias para transformar matéria-prima em produto acabado na velocidade que o mercado precisa, sendo frequentemente superada por concorrentes que possuem processos mais ágeis e bem-estruturados;
- Melhoria pontual e não contínua: algumas iniciativas ou ajustes pontuais de processos podem até trazer um ou outro resultado positivo, causando uma falsa ilusão de sucesso que não se sustenta de maneira contínua. É preciso analisar sempre sob uma ótica de longo prazo a efetividade das ações implementadas;
- Falha ao cumprir KPIs: por conta de desalinhamentos comuns entre áreas de planejamento, operação e vendas, além de mau gerenciamento de prioridades, a empresa não consegue manter lead time acordado com o cliente em dia, impactando em fraco desempenho de KPIs;
- Perdas: toda atividade que consome algum tipo de recurso, mas não agrega valor ao cliente: pode ser de tempo, recursos materiais ou humanos, e influencia diretamente nos resultados e margens;
- Alto turn-over: a rotatividade de pessoas está diretamente relacionada à maneira como elas são envolvidas nos processos e valorizadas dentro de sua função na organização. O Lean estabelece como fundamento o respeito e o engajamento, fomentando equipes qualificadas, de alta performance e aumentando a retenção.
Trazendo Lean para o seu negócio
A pressão para entender, atender e, sempre que possível, antecipar a demanda dos clientes vem alterando a forma como empresas conduzem seus negócios. A implementação de ferramentas Lean pode ser a resposta que seu negócio procura para eliminar ineficiências do processo produtivo, alcançando a melhoria contínua como padrão e ampliando a produtividade, a lucratividade e a competitividade. Essas ferramentas trazem benefícios incrementais em termos de menor custo de produto, margens de lucro, qualidade e produtividade aprimoradas, e maior eficiência operacional sem a necessidade de investimentos adicionais.
Estabeleça, definitivamente, uma cultura centrada no seu cliente, atendendo às expectativas e os requisitos desejados por ele, dentro do prazo almejado e com qualidade, melhorando a satisfação com a sua entrega. Paralelamente, fomente, entre os diferentes times operacionais, uma dinâmica colaborativa e focada, para que todos se sintam parte da engrenagem responsável pelo sucesso do desempenho corporativo.
Para isso, conte com a experiência de uma empresa que já revolucionou negócios de diferentes setores com uma forma enxuta de pensar e gerir processos, capaz de identificar oportunidades de melhoria em situações inicialmente configuradas como problemas. Entre em contato com a Nortegubisian, converse com nossos especialistas e entenda como podemos implementar uma nova filosofia de gestão que traz mais agilidade, amplia sua capacidade operacional e entrega melhores resultados em termos de valor à sua oferta e redução de perdas em seu fluxo operacional.
Publicado em 04 de novembro de 2019.