Afinal, o que é FMEA?

Compartilhe nas redes sociais:

Um dos grandes desafios das indústrias é manter o controle sobre os erros internos, já que uma simples falha de uma máquina, de um produto ou de um processo pode resultar em grandes prejuízos. Entre tantas metodologias existentes para solucionar essa problemática, é importante que você saiba o que é FMEA para aplicá-la à sua companhia, pois ela apresenta muitos benefícios quando bem implementada.

Para descobrir o que é FMEA, continue lendo este artigo! Nele, reunimos informações importantes e inestimáveis sobre esse tema, que podem ser uma verdadeira “mão na roda” para você, que busca melhorar os processos da sua empresa. Boa leitura!

O que é FMEA e para que serve?

Inicialmente utilizada pelas forças armadas e pela NASA, nas décadas de 50 e 60, a FMEA (Failure Mode and Effect Analysis — Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos) é uma ferramenta de gestão da qualidade e dos riscos contidos em um pacote de ferramentas. A Ford foi a primeira empresa privada a utilizá-la e, desde então, a FMEA tem sido usada por indústrias de diversos países com muito êxito.

Seu principal objetivo é melhorar e alavancar os resultados por meio da análise detalhada e quantitativa das falhas para que elas sejam eliminadas antes de chegarem aos clientes. A partir dessa avaliação, é possível apontar as causas e efeitos dos erros-chave de um determinado processo a fim de documentá-los.

Além disso, a abordagem sistemática da FMEA atribui o nível de criticidade existente nesses erros ao processo, determina com que frequência eles ocorrem, o impacto que podem gerar no cliente e qual a facilidade de detecção. Informações bastante relevantes para quem busca aprimorar a produção industrial, não é mesmo?

Como ela é aplicada?

A FMEA é, usualmente, aplicada para identificar riscos em um processo ou projeto atual ou para avaliar ameaças em uma nova solução que se pretende adotar.

Entretanto, mesmo que haja amplo conhecimento acerca do projeto ou processo em análise, ele não pode ser elaborado por uma única pessoa para que não se esqueça nenhuma falha ou parte do processo ou item que está sendo investigado. Por isso, na aplicação dessa estratégia, é essencial que exista um trabalho em equipe bem ordenado para que as chances de sucesso sejam maiores.

Caso seja encontrado um risco em um projeto ou processo atual, com a FMEA, há a possibilidade de evitá-lo antes da sua ocorrência. Dessa forma, podemos afirmar que o método tem uma abordagem proativa de avaliação de riscos bem satisfatória. Por outro lado, quando analisamos um projeto ou processo novo, a FMEA é utilizada na prevenção de riscos futuros mantendo-os livres de falhas.

Diante disso, percebe-se que a FMEA deve ser uma estratégia dinâmica, ou seja, que tende a mudar para conseguir acompanhar as alterações que surjam no decorrer dos processos e projetos de produtos. Por essa razão, sua aplicação não é definitiva, mas deve se atualizar durante todo o ciclo do projeto do produto ou do processo.

Como fazer seu respectivo cálculo de riscos?

Agora que você já sabe o que é FMEA, é importante descobrir como é feito o cálculo do risco. A aplicação dessa ferramenta passa por três etapas básicas:

Determinação dos modos de falhas

Baseia-se em dados obtidos por pesquisa de campo ou por meio de uma hipótese levantada e representa as possibilidades de falha que um processo ou produto pode desenvolver.

Análises dos riscos dos modos de falha

Essa etapa serve para determinar alguns pontos prioritários. Primeiro, define-se o quão maléfica será a possível ocorrência da falha (severidade); depois, qual a frequência em que a falha, de fato, ocorre (probabilidade de ocorrência); e, por último, determina-se a facilidade/dificuldade de detecção da ocorrência da falha (probabilidade de detecção).

Cálculo do RPN (Risk Priority Number)

O cálculo ocorre por meio de um sistema de pontuação de 1 a 5, que leva em conta os itens do passo anterior: severidade (S), probabilidade de ocorrência (O) e probabilidade de detecção (D).

Cada um desses pontos receberá uma nota, e, quanto maior ela for, mais crítica é a falha. Após, multiplicam-se as notas de cada um dos tópicos (S x O x D) para se obter a pontuação de risco.

Qual a importância da FMEA e seus principais benefícios para uma empresa?

A FMEA demonstra sua importância ao nos trazer grandes benefícios quanto à avaliação quantitativa dos defeitos e controles para cada passo do processo. Isso permite que a equipe consiga rastrear os riscos, as ações necessárias para evitá-los e o histórico de melhorias já realizadas. Assim, podemos citar como suas principais vantagens:

Diminuição de falhas

A implementação da FMEA nas empresas permite um profundo conhecimento dos processos que, consequentemente, minimiza ou elimina os modos de falhas de um projeto.

Redução de custos

Decorrência lógica da diminuição de falhas, a redução de custos também é uma vantagem da aplicação da FMEA. Isso porque, com uma melhor gestão do tempo, evita-se o retrabalho, os reparos nos produtos, a aplicação de recursos para inspeção e as paradas desnecessárias para modificação nos projetos.

Melhoria de processos

As ocorrências e ações recomendadas para a resolução dos problemas ficam armazenadas como uma espécie de memória técnica ou registro histórico das lições aprendidas para que os futuros colaboradores da empresa possam usá-las. Com tal característica, há uma melhoria contínua de processos internos devido ao conhecimento dos pontos fracos dos sistemas e produtos.

Atendimento às exigências dos clientes

Temos que concordar que, ao melhorar os processos diminuindo as suas falhas, naturalmente, os produtos terão mais qualidade, não é mesmo? Sendo assim, os clientes, que vão passar a dispor de produtos melhores, mais seguros e confiáveis, estarão mais satisfeitos e com suas exigências devidamente atendidas.

Diante da leitura, ficou bastante claro como a utilização da FMEA é uma estratégia eficaz para a prevenção de riscos, certo? E agora que você já sabe exatamente o que é FMEA, não perca tempo! Aplique-a à sua empresa e obtenha soluções mais eficazes, poupando custos e satisfazendo as necessidades dos clientes. Assim, todos tendem a sair ganhando!

O que você achou deste conteúdo? As informações foram relevantes para você? Então compartilhe-o agora mesmo nas suas redes sociais e faça com que mais pessoas conheçam sobre o assunto!

Comentários
Posso ajudar?